A Globo acabou de emitir um comunicado garantindo que, mesmo sem ter
os direitos de exibição, não boicotará os Jogos Olímpicos de Londres. Na
TV aberta, a exclusividade é da Record. De acordo com a emissora, ela
só poderá exibir dois minutos de imagens em três programas a cada dia.
Leia a íntegra do texto:
“A cobertura jornalística da Rede Globo dos Jogos Olímpicos 2012
seguirá dois princípios de que não pode abrir mão: informar os seus
telespectadores e respeitar acordos sobre direitos esportivos.
Para isso, a emissora comprou da OBS (Olympic Broadcast Services)
o acesso às imagens dos Jogos Olímpicos vendido a não detentores dos
direitos de transmissão que aceitam as regras do COI (Comitê Olímpico
Internacional) para a utilização jornalística em suas coberturas do
evento.
Essas regras determinam que, ao longo do dia, um total de apenas
seis minutos de imagens sejam usados por no máximo três programas
jornalísticos regulares, sendo que cada um deles poderá usar apenas até
dois minutos, não ultrapassando, por evento ou prova, 30 segundos ou
1/3, o que for menor. A OBS produzirá boletins atualizados de 30 minutos
sobre as Olimpíadas a cada meia hora, que serão transmitidos via
satélite a todos os assinantes do serviço. Imagens de arquivo de Jogos
Olímpicos passados contam nos seis minutos diários e, portanto, nos dois
minutos por programa. Outra restrição é que as imagens só poderão ser
usadas três horas depois que tiverem sido exibidas pelo detentor dos
direitos de transmissão em TV aberta. No momento em que as imagens dos
Jogos Olímpicos estiverem sendo mostradas nas reportagens, os assinantes
do serviço da OBS se comprometem a creditá-las ao detentor dos direitos
de transmissão.
Seguindo a experiência internacional, e sem ferir as regras do
COI, fotos serão utilizadas sempre que imagens de um evento não puderem
ser exibidas.
São restrições importantes do COI que a TV Globo acata num
esforço para bem informar os seus telespectadores. Como acontece em todo
o mundo com os não detentores de direitos de transmissão, o respeito a
essas regras implicará, naturalmente, uma cobertura mais limitada do que
a que realizamos nos últimos anos, mas suficiente para divulgar as
principais notícias sobre os Jogos Olímpicos.”