Procurada pelo blog, Joelma falou sobre a polêmica
gerada a partir de uma entrevista que ela deu para a coluna de Bruno
Astuto na revista "Época", publicada neste sábado, 30. Na matéria,
Joelma teria dito que é contra o casamento gay, que se tivesse um filho
homossexual "lutaria até a morte para fazer sua conversão" e compara
gays a drogados: "É como um drogado tentando se recuperar".
Ao blog, a cantora negou que tenha comparado
homossexuais a drogados, mas reafirmou ser contra o casamento gay.
"Estou decidida a entrar com um processo contra a revista se não
colocarem como eu falei. Falei que sou contra o casamento gay, mas meus
melhores amigos são gays. Meu maior confidente é gay", afirmou ela.
Joelma falou que o motivo de seu posicionamento é por ser evangélica, e
afirmou que "lutaria até a morte" tentando mudar a orientação de um
filho seu se ele fosse gay. "Sou contra porque minha religião não
permite. Por isso eu não quero que meu filho seja gay", falou.
"Nunca diria que gays são iguais a drogados"
Sobre as comparações entre gays e drogados, Joelma atribui a declaração
a um relato que ouviu de um fã. "O que eu contei é que meus fãs gays
dizem para mim que é uma luta diária. Um deles me deu um exemplo dizendo
que foi muito difícil, mas que ele conseguiu sair dessa luta, que é
como se livrar das drogas. Eu nunca diria que os gays são iguais aos
drogados".
Joelma disse ainda que mantém um ótimo relacionamento com homossexuais,
com quem aprendeu muitas coisas como fazer o cabelo e se maquiar. "Não
posso julgar ou criticar porque a vida é de cada um. Mas sou contra o
casamento gay. Seria o mesmo que eu concordasse que meu filho gay se
casasse. Uma mãe quando sonha coisas para o filho só sonha coisas boas".
Questionada sobre como trataria o assunto, caso o filho fosse gay e não
quisesse "se converter", foi enfática: "Quando a gente não pode, Deus
pode. Quando a gente não consegue Deus consegue. Fui curada de um câncer
na garganta. Depois, ainda tive uma queda que fraturei a coluna e
deveria ter ficado na cadeira de rodas, mas uma oração me curou".
"Se eu fosse homofóbica, não teria amizade com gay"
A cantora disse que costuma aconselhar e ouvir os desabafos dos fãs
que, em sua maioria, são homossexuais. "Teve um que contou chorando que a
mãe o colocou para fora de casa. Acompanho esse sofrimento. A gente não
deve julgar. Não quero ofender ninguém. Mas se acontecesse perto de
mim, nunca colocaria para fora de casa ou trataria como se não fosse
família. Tem que lutar junto, estender a mão", comentou.
"Se eu fosse homofóbica, não teria amizade com gay. O que eles fazem é
problema deles, não tenho nada com isso. Não fiz nada para agredi-los e
não tenho esse direito", completou a cantora.
Por fim, Joelma voltou a comparar os homossexuais a drogados e a
afirmar que acredita em uma "recuperação" para eles. "Uma mãe jamais vai
aceitar um filho ladrão ou drogado, mas jamais vai deixar de amá-lo por
causa disso. Ela vai querer fazer de tudo para que ele dê certo. Se eu
vejo que tem saída... Conviver com o erro da pessoa é uma coisa, mas
incentivar o erro é errado. Você tem que aceitar, amar, tratar bem, mas
não dizer para a pessoa fazer".