Está muito difícil entender o que a Record pretende ou ganhou até agora, ao anunciar que será líder de audiência.
Os seus diretores já fizeram tal previsão mais de trocentas vezes e o
que vimos foi o esgotamento de todos os prazos, sem que ao menos uma
ameaça disso viesse a acontecer.
Liderança é o resultado de um conjunto de ações, mas especialmente da
competência no desenvolvimento de um trabalho. Só vontade ou discursos,
nem sempre bem articulados, não levam a lugar nenhum, como não levaram
até agora. Verifica-se, inclusive, a existência de uma coleção de piadas
sobre o assunto.
Na última terça-feira, por exemplo, a Record lançou a sua programação deste ano,
que de novo mesmo terá apenas o "Got Talent" e a série "A Bíblia", da
TV americana. Isso, e só isso. O restante são temporadas inéditas de
programas que já existiam, como "O Aprendiz", "A Fazenda" e outros do
gênero. Pouca coisa, verifica-se, será alterada, o que também quase nada
irá representar na ordem dos índices conquistados.
A Record, se realmente pretende um dia chegar ao primeiro lugar, antes
de tudo, deve agir com integridade. Não fazer o suficiente para que isto
ocorra, não adianta rigorosamente nada. Como não adiantou até agora.
Não se ganha coisa alguma apenas falando.
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