Nas últimas semanas, “Salve Jorge”
tem vivido um período ascendente no que diz respeito à audiência. Ao
contrário de sua antecessora, “Avenida Brasil”, no entanto, a atual
trama das nove está longe de ser unanimidade e volta e meia se torna
alvo de críticas. Entre as mais recorrentes, estão os chamados furos de
roteiro e de continuidade. A própria autora, Gloria Perez, já teve de
consertar no texto uma vez o fato de Barros (Marcelo Airoldi) ter
“esquecido” que conhecia Wanda (Totia Meirelles). Na última
segunda-feira (18), na cena em que Lívia (Claudia Raia) mata Raquel
(Ana Beatriz Nogueira), a internet explodiu apontando incoerências –
como a personagem pôde entrar no elevador se o sinal do celular estava
ruim?.
A comoção em torno do folhetim aponta para um fenômeno novo. “Salve
Jorge” parece inaugurar um novo gênero na teledramaturgia: o da “novela
jogo dos sete erros”. Nas redes sociais, tem se tornado comum assistir
ao capítulo apenas para encontrar furos ou reclamar de determinados
personagens. Gloria Perez, por sua vez tem mostrado espírito esportivo
ao responder algumas das críticas e seguir o rumo de sua história como
planejado. É bem verdade que, em momentos específicos, a autora sai do
sério. Já chegou a acusar internautas de receberem dinheiro da
concorrência para falar mal de sua obra.
Contra este fato, no entanto, não há argumentos: apesar de tanto
criticarem a trama, os reclamões seguem assistindo-a. É seguro dizer
que, pelo menos para essa parcela, esta é a novela que todos amam odiar.
Nesse caso, Gloria Perez e o diretor, Marcos Schettman, precisam
redobrar os cuidados para não virarem alvo de uma avalanche de
reclamações de novo.
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