Morreu na madrugada deste sábado, 29, Hebe Camargo Ravagnani, uma das
maiores estrelas da televisão brasileira. A consagrada apresentadora,
atriz e cantora teve uma parada cardíaca e faleceu em sua casa,
no bairro do Morumbi, em São Paulo. A luta de Hebe contra o câncer
começou em 2010. Foram 83 anos de vida e 61 anos de carreira, que a
consagraram como a rainha da TV.
Filha de Ester e Fego Camargo, Hebe Camargo nasceu no dia 8 de março de 1929, em Taubaté. O pai era um violinista na época do cinema mudo e foi demitido com a chegada do cinema falado, o que fez com que Hebe tivesse uma infância humilde.
Hebe Camargo deu seus primeiros passos no meio artístico na década de 1940, quando formou a dupla caipira “Rosalinda e Florisbela” com sua irmã Estela. Logo depois, seguiu como cantora, fazendo apresentações de sambas e boleros em boates, mas abandonou a carreira musical para dedicar-se ao rádio e à TV.
A trajetória de Hebe se confunde com a história da televisão brasileira. Ela, por exemplo, estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos para buscar os primeiros equipamentos de TV, para a formação da primeira emissora do Brasil, a TV Tupi.
Posteriormente, ela foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950. Hebe Camargo deveria cantar o “Hino da Televisão” logo no início das transmissões, mas foi substituída por Lolita Rodrigues. Na ocasião, Hebe alegou estar doente, mas anos depois, em entrevista ao programa ‘Irritando Fernanda Young’, da GNT, ela assumiu que havia faltado o compromisso para acompanhar seu namorado da época a um evento importante.
Sua estreia na televisão aconteceu quando teve que substituir Ary Barroso em um programa de calouros. Já em 1957, Hebe Camargo se destacou no comando do primeiro programa feminino da televisão, ‘O Mundo é das Mulheres’, exibido pela TV Paulista, canal 5, antecessora da Rede Globo, em São Paulo. A partir daí, Hebe se consagrou como apresentadora, estreando posteriormente na TV Continental, emissora carioca, com os programas ‘Hebe Comanda o Espetáculo’ e, mais uma vez, o ‘O Mundo é das Mulheres’.
Em 1964, a apresentadora se afastou da TV para se casar e dedicar-se ao seu único filho, Marcelo. Ao retornar ao trabalho, em 1966, ela estreou seu programa dominicial ‘Hebe Camargo’, dirigido por Manoel Carlos e exibido na TV Record. A atração se tornou líder absoluta de audiência e consagrou Hebe também como entrevistadora.
Em 1986, Hebe Camargo começou sua jornada no SBT, emissora na qual se manteve por 24 anos e onde apresentou os programas ‘Hebe’, ‘Hebe por Elas’ e ‘Fora do Ar’, além de participar do Teleton e de especiais humorísticos.
Em 2011, logo após anunciar o fim de sua longa parceria com Silvio Santos, Hebe Camargo estreou na Rede TV!, onde comandou um programa semanal de atualidades e entrevistas.
Luta contra o câncer
Hebe Camargo teve um câncer no peritônio, membrana que envolve o aparelho digestivo, detectado no início de 2010. A apresentadora passou por sessões de quimioterapia e, em abril, os médicos disseram que a doença havia entrado em remissão. No entanto, em setembro de 2011, ela voltou a fazer tratamento quimioterápico como forma de prevenção. Em março de 2012, Hebe retirou um tumor que causava obstrução intestinal.
No mês de junho, Hebe se submeteu a uma nova cirurgia para a retirada da vesícula. Quinze dias depois deste procedimento, a apresentadora voltou a ser internada e ficou de repouso. Na ocasião, o oncologista Sergio Simon, dos Estados Unidos, veio ao Brasil para avaliar o estado de saúde da apresentadora.
Frases, bordão e polêmica
Autêntica e bem-humorada, Hebe Camargo usava bordões repetitivos como o famoso “que gracinha” e “lindo de viver” com muita naturalidade e leveza. Ao mesmo tempo que arrancava sorrisos e roubava selinhos, não se intimidava ao falar de sua vida pessoal, mesmo que o assunto fosse polêmico. Foi o que aconteceu quando revelou que já havia feito um aborto e que era a favor do procedimento.
Relembre algumas das divertidas, reveladoras e polêmicas frases da apresentadora:
“Não tive faculdade. Não tive o direito de estudar. Isso é uma coisa que considero triste na minha vida” (Em 2009, no programa Marília Gabriela Entrevista, do canal GNT)
“Eu não tenho solidão. Sou feliz comigo”
“A gente se diverte e o Silvio ainda paga para estarmos aqui. Só não sei até quando” (Aos 73 anos, comentando a crise no SBT)
“Pretendo terminar os meus dias e minha carreira no SBT”
“Aquela amizade que eu pensava ser verdadeira era interesseira. Quando parei de participar das campanhas dele, deixei de interessar" (sobre sua longa amizade com o ex-governador Paulo Maluf, no programa De Frente com Gabi)
“Lembro de uma mulher falando alto: 'Não grita! Não grita'! " (ao falar sobre a experiência dolorosa de um aborto clandestino aos 18 anos)
"Que coisa ridícula eu, com 58 anos, falar bumbum. É bunda, não é? "
"Eu gosto tanto de lá que tenho até vontade de me internar pra passar a noite" (sobre o Hospital Albert Eistein)
“Não tenho a cara da Globo. É uma emissora rica demais para Hebe Camargo. Sou popular” (em entrevista à Revista da TV, do Globo)
Filha de Ester e Fego Camargo, Hebe Camargo nasceu no dia 8 de março de 1929, em Taubaté. O pai era um violinista na época do cinema mudo e foi demitido com a chegada do cinema falado, o que fez com que Hebe tivesse uma infância humilde.
Hebe Camargo deu seus primeiros passos no meio artístico na década de 1940, quando formou a dupla caipira “Rosalinda e Florisbela” com sua irmã Estela. Logo depois, seguiu como cantora, fazendo apresentações de sambas e boleros em boates, mas abandonou a carreira musical para dedicar-se ao rádio e à TV.
A trajetória de Hebe se confunde com a história da televisão brasileira. Ela, por exemplo, estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos para buscar os primeiros equipamentos de TV, para a formação da primeira emissora do Brasil, a TV Tupi.
Posteriormente, ela foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950. Hebe Camargo deveria cantar o “Hino da Televisão” logo no início das transmissões, mas foi substituída por Lolita Rodrigues. Na ocasião, Hebe alegou estar doente, mas anos depois, em entrevista ao programa ‘Irritando Fernanda Young’, da GNT, ela assumiu que havia faltado o compromisso para acompanhar seu namorado da época a um evento importante.
Sua estreia na televisão aconteceu quando teve que substituir Ary Barroso em um programa de calouros. Já em 1957, Hebe Camargo se destacou no comando do primeiro programa feminino da televisão, ‘O Mundo é das Mulheres’, exibido pela TV Paulista, canal 5, antecessora da Rede Globo, em São Paulo. A partir daí, Hebe se consagrou como apresentadora, estreando posteriormente na TV Continental, emissora carioca, com os programas ‘Hebe Comanda o Espetáculo’ e, mais uma vez, o ‘O Mundo é das Mulheres’.
Em 1964, a apresentadora se afastou da TV para se casar e dedicar-se ao seu único filho, Marcelo. Ao retornar ao trabalho, em 1966, ela estreou seu programa dominicial ‘Hebe Camargo’, dirigido por Manoel Carlos e exibido na TV Record. A atração se tornou líder absoluta de audiência e consagrou Hebe também como entrevistadora.
Em 1986, Hebe Camargo começou sua jornada no SBT, emissora na qual se manteve por 24 anos e onde apresentou os programas ‘Hebe’, ‘Hebe por Elas’ e ‘Fora do Ar’, além de participar do Teleton e de especiais humorísticos.
Em 2011, logo após anunciar o fim de sua longa parceria com Silvio Santos, Hebe Camargo estreou na Rede TV!, onde comandou um programa semanal de atualidades e entrevistas.
Luta contra o câncer
Hebe Camargo teve um câncer no peritônio, membrana que envolve o aparelho digestivo, detectado no início de 2010. A apresentadora passou por sessões de quimioterapia e, em abril, os médicos disseram que a doença havia entrado em remissão. No entanto, em setembro de 2011, ela voltou a fazer tratamento quimioterápico como forma de prevenção. Em março de 2012, Hebe retirou um tumor que causava obstrução intestinal.
No mês de junho, Hebe se submeteu a uma nova cirurgia para a retirada da vesícula. Quinze dias depois deste procedimento, a apresentadora voltou a ser internada e ficou de repouso. Na ocasião, o oncologista Sergio Simon, dos Estados Unidos, veio ao Brasil para avaliar o estado de saúde da apresentadora.
Frases, bordão e polêmica
Autêntica e bem-humorada, Hebe Camargo usava bordões repetitivos como o famoso “que gracinha” e “lindo de viver” com muita naturalidade e leveza. Ao mesmo tempo que arrancava sorrisos e roubava selinhos, não se intimidava ao falar de sua vida pessoal, mesmo que o assunto fosse polêmico. Foi o que aconteceu quando revelou que já havia feito um aborto e que era a favor do procedimento.
Relembre algumas das divertidas, reveladoras e polêmicas frases da apresentadora:
“Não tive faculdade. Não tive o direito de estudar. Isso é uma coisa que considero triste na minha vida” (Em 2009, no programa Marília Gabriela Entrevista, do canal GNT)
“Eu não tenho solidão. Sou feliz comigo”
“A gente se diverte e o Silvio ainda paga para estarmos aqui. Só não sei até quando” (Aos 73 anos, comentando a crise no SBT)
“Pretendo terminar os meus dias e minha carreira no SBT”
“Aquela amizade que eu pensava ser verdadeira era interesseira. Quando parei de participar das campanhas dele, deixei de interessar" (sobre sua longa amizade com o ex-governador Paulo Maluf, no programa De Frente com Gabi)
“Lembro de uma mulher falando alto: 'Não grita! Não grita'! " (ao falar sobre a experiência dolorosa de um aborto clandestino aos 18 anos)
"Que coisa ridícula eu, com 58 anos, falar bumbum. É bunda, não é? "
"Eu gosto tanto de lá que tenho até vontade de me internar pra passar a noite" (sobre o Hospital Albert Eistein)
“Não tenho a cara da Globo. É uma emissora rica demais para Hebe Camargo. Sou popular” (em entrevista à Revista da TV, do Globo)
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