segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

BALANÇO GERAL: Buscando audiência com tragédia, Geraldo Luís pisa fundo no sensacionalismo e mostra como a TV pode ser mal utilizada

Quem sintonizou na Record no horário da almoço foi pego de surpresa com um tratamento incomum à cobertura da tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. À frente do “Balanço Geral”, Geraldo Luís especulava sobre o incêndio num cenário de péssimo gosto. Todo o programa foi transformado numa boate. E mais: houve até gelo seco para simular fumaça. Cenas como essa mostram não só a falta de sensibilidade da produção para com um assunto tão delicado quanto muita disposição para ganhar audiência na base do vale tudo.
Fatalidades como esta invariavelmente costumam aumentar os índices das emissoras, que põem seu jornalismo de plantão na cobertura. E foi o que ocorreu. O “Fantástico” do último domingo (27), por exemplo, registrou a maior audiência desde junho do ano passado: 26 pontos. A Band, que ancorou a tragédia com Datena, ao vivo, teve aumento de 29% na média diária. E a porcentagem de televisores ligados também foi expressiva: 46% (contra 40%, uma semana antes).
Usar de artifícios como o de Geraldo Luís não é só covarde, como desrespeitoso para com a família das vítimas.

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