"José do Egito", que estreou na noite desta quarta-feira, é uma
superprodução, tem cenários lindos, direção ok, um elenco esforçado, mas
o fato é o seguinte: está na hora da Record diversificar os temas de
suas minisséries. A gente já sabe que ela tenta fazer o melhor e investe
muito. No entanto, ao menos na estreia, elas parecem sempre iguais. As
histórias bíblicas são boas, mas as paisagens são semelhantes (e não
podia ser diferente), os dilemas são os mesmos, os atores a gente vê e
diz 'aquele estava em "A História Ester", aquele fez "Davi"' e por aí
vai. Sem contar as barbas dos atores. Ok, muitas são reais, mas as que
não são deixam a gente com vergonha alheia. E tem mais: as belas
chamadas da minissérie não corresponderam ao primeiro capítulo. Vamos
aguardar.
O jovem José. Foto: DivulgaçãoUma
outra coisa. Quem quer estar em primeiro lugar tem de saber que
respeitar horário significa muito. A trama deveria durar 30 minutos, das
21h45 às 22h15, entretanto, foi até às 23h. Um amigo do blog ligou só
para dizer: "O cenário é bonito, né? Mas a que horas vai começar o
"Balacobaco". Já era para estar no ar!". Sim, tem gente que gosta (e
muito) da novela. Uma outra amiga comentou: "É incrível como a Record
não consegue cumprir o horário!". Quando uma nova produção lembra as
anteriores, ainda mais com essa mania da emissora de reprisar suas
séries, o telespectador perde a paciência. Apesar disso, na segunda
fase, a minissérie deverá ficar muito melhor. A história de José é
interessante e tem tudo para cativar, mas a próxima superprodução do
canal bem que poderia ser mais atual, né?
Ah, já que a Record fez uma matéria contra "O Canto da Sereia" no
"Domingo Espetacular" porque a trama, segundo a "reportagem", exaltava o
candomblé e ainda mostrou quem criticasse o bissexualismo da
protagonista, o blog imaginou a seguinte situação: se a Globo ou outra
emissora qualquer exibisse uma minissérie, que não fosse bíblica, mas
tivesse poligamia e um estupro na estreia e a vítima tivesse de se casar
com seu algoz, será que alguém iria reclamar ou exigir uma matéria
contra? Vai saber...
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