Um dos fatores que apontam para o desgaste dos reality shows é o
constante “treino” de seus participantes. De tão viciados em atrações do
gênero, entram no confinamento posando de bons samaritanos,
preocupando-se mais em esconder do que em mostrar. Para se ter uma
ideia, há “técnicos” de aspirantes a concorrentes desse tipo de
programa. Nesse sentido, a participação de Aline Mattos no “Big Brother Brasil 13″ deveria ter sido encarada como uma lufada de ar fresco num ambiente já consumido pelo jogo de aparências.
Ao entrar na casa mais vigiada do país, a carioca não se preocupou em
abusar da diplomacia, mostrou firmeza em suas opiniões e, enquanto
todos os colegas estavam com medo, bateu de frente com Kleber Bambam,
que esbanjou arrogância e tentou dar “aulas de celebridade” aos
jogadores. Por esses e outros motivos, chama a atenção o fato de Aline
ter sido eliminada com 77% dos votos nesta terça-feira (15). Talvez os
espectadores tenham considerado a modelo um choque de realidade para
para o universo do “BBB” ou até mesmo prefiram ver o jogo de bom mocismo
forçado.
Ocorre que, ao limar a carioca da competição tão cedo, o reality
perdeu não só sua protagonista como também a chance de promover bons
conflitos. A julgar pela edições anteriores do programa, as mesmas
pessoas que votarem para que Aline deixasse a casa daqui a algumas
semanas reclamarão do marasmo na atração. O público do “BBB”, por
incrível que pareça, se mostra mais conservador que o de concorrentes do
gênero, como “A Fazenda”,
em que a permanência de potencializadoras de conflito como Joana
Machado e Nicole Bahls foi estendida até os últimos dias. Aline pode ter
perdido o paredão, mas com certeza quem perdeu mais com sua saída foram
os espectadores.
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