Depois da experiência bem sucedida com “Cheias de Charme”,
a Globo entendeu que o flerte com o universo das celebridades se traduz
em bons resultados de audiência. Não é surpresa, portanto, que a
emissora siga investindo nesse nicho com minisséries como “O Canto da
Sereia”, cuja personagem principal é uma cantora de axé. Baseada no
livro homônimo de Nelson Motta, a produção investiga ao longo de quatro
capítulos as razões que levaram ao assassinato da artista e, claro,
planta o mistério sobre a identidade do responsável pelo crime.
A julgar pelo primeiro episódio, a trama será muito bem sucedida.
Apoiada em bela fotografia e narrativa fragmentada por meio de
flashbacks ou cenas oníricas (caso do momento em que Sereia emula
Iemanjá, no mar), a história consegue prender do início ao fim.
Tecnicamente, é impecável.
Apesar de pueril (a protagonista assume a posição de paladina da
Justiça e acusa um poderoso político de corrupção – ideia já explorada
outras vezes, por meio de abordagens diversas), a história é bem
amarrada. E conta com interpretações sólidas. Marcelo Médici e Camila
Morgado, especialmente, destacaram-se desde as primeiras cenas. Ísis
Valverde também conseguiu criar uma protagonista carismática e, aliás,
repete o bom desempenho em personagens que aspiram à fama, caso de
Rakelly, de “Beleza Pura”, e Suellen, de “Avenida Brasil”.
A audiência também respondeu bem à estreia. De acordo com dados
prévios do Ibope, a minissérie marcou 23 pontos de média, índice
considerado ótimo pro horário, e liderou com folga. Na mesmo horário, o
SBT marcou 8 pontos, seguido pela Record, com 5.
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